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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Um encanto:Machu Picchu, no Peru

Machu Picchu é o berço da civilização Inca, uma das civilizações antigas mais avançadas e misteriosas da história. A cidade se mistura com a paisagem fantástica no topo de uma montanha de 2.400 m de altitude, no Peru. O lugar é considerado patrimônio mundial pela Unesco e é um dos pontos turísticos mais visitados do país. A área urbana é composta de templos, praças e mausoléus, enquanto a área agrícola é formada por terraços e lugares para armazenagem de alimentos.

Machu Picchu: vale a pena subir a montanha Huayna Picchu?

Em abril de 2016, duas trilhas que fazem parte do parque arqueológico de Machu Picchu estarão fechadas para manutenção. A trilha (popularíssima) que vai da cidadela de Machu Picchu ao topo da montanha Huayna Picchu vai fechar entre 1º e 15 de abril; já a trilha (pouco conhecida) que vai da cidadela de Machu Picchu ao topo da montanha Machu Picchu vai fechar entre 16 e 30 de abril. Mas o parque continuará aberto o mês inteiro, e a cidadela sagrada de Machu Pichu poderá ser vista, fotografada e percorrida normalmente por todos os que chegarem até lá.
O fechamento dessas duas atrações secundárias, no entanto, oferece uma ótima chance para discutir sobre a necessidade de incluir no passeio uma dessas trilhas -- sobretudo Huayna Picchu, que costuma estar na lista de desejos até de quem não é um andarilho contumaz. Será que a experiência de Machu Picchu fica diminuída se você não encara a subida a Huayna Picchu?
machu-picchu

Huayna Picchu e o fator Torre Eiffel

Vou dar aqui minha opinião de tiozinho chato. Não é uma opinião 100% abalizada porque -- bem, eu NÃO subi a Huayna Picchu. Tive duas chances. Na minha primeira visita a Machu Picchu, resolvi não subir porque sabia que em poucos meses voltaria, e poderia subir na oportunidade seguinte. Quando voltei, resolvi não subir porque -- bem, já tinha visitado Machu Picchu e chegado à conclusão de que a trilha era desnecessária para pessoas com o meu perfil e interesse (e não estava disposto a encarar o sacrifício para testar na prática minha teoria).
Explico o porquê. Huayna Picchu é a montanha por trás da cidadela, parte indissolúvel da paisagem clássica de Machu Picchu. Sem ela, Machu Picchu fica irreconhecível -- e comum. A subida de uma hora, à custa de muito esforço a mais de 2.000 metros de altitude, leva a um mirante de onde você tem uma vista pouco interessante da cidadela. Você acrescenta duas horas de sacrifício a um passeio que já exige bastante: se você fizer a cidadela como se deve, vai caminhar pelo menos três horas, com subidas e descidas.
É um pouco como subir à Torre Eiffel. Em Paris as multidões passam horas na fila pelo privilégio de poderem subir... ao único mirante de Paris de onde não se avista a Torre Eiffel. Ao subir a Huayna Picchu, você vai investir duas horas de esforço para escapulir da cidadela que veio visitar.
Muita gente vê na subida a Hayna Picchu um substituto para a Trilha Inca. Já que não vou encarar os quatro dias de caminhada, encaixo essa trilha na montanha e sinto um gostinho da experiência. Tá. Só que o pessoal que vem a pé tem na chegada a Machu Picchu o seu grande prêmio: avistam a cidadela ao amanhecer (com Huayna Picchu ao fundo!) depois de vários dias de esforço. Já quem sobe Huayna Picchu vai para o sacrifício depois de já ter se maravilhado com o avistamento inicial da cidadela (com Huayna Picchu ao fundo). Isso vai contra a minha religião, que manda sempre deixar o melhor para o final.
O problema de Huayna Picchu é que a decisão de subir ou não precisa ser tomada com muita antecedência. Ao comprar seu ingresso para Machu Picchu, você precisa decidir se compra só a entrada do parque ou se acrescenta uma das duas trilhas (Huayna Picchu ou montanha Machu Picchu). Meses antes da viagem, sem ainda ter uma idéia do conjunto de atrações à sua espera no Vale Sagrado, você tica Huayna Picchu porque não quer diminuir o seu passeio. Na altitude, porém, você pode descobrir que a decisão não foi tão acertada -- e que a trilha não é essencial para a experiência de Machu Picchu.

Huayna Picchu por quem já subiu

Evidentemente, eu sou dono só da minha opinião -- não sou dono da verdade. E a minha opinião é bastante presunçosa, já que eu não me dei ao trabalho de testar minha intuição na prática.
Muita gente vê na subida uma oportunidade de se pôr à prova e se imbuir ainda mais da energia especial de Machu Picchu. Outros, habituados a trilhas, não querem perder a chance de escalar uma montanha num lugar tão carismático. A maioria dos que sobem volta satisfeita com a aventura, seja pelo episódio de superação pessoal, seja por oferecer insights místicos pelo caminho.
Gosto muito do relato do Gleiber Rodrigues, do Andarilhos do Mundo. É bastante detalhado e totalmente honesto: o Gleiber explica o percurso, não esconde os percalços e deixa claro que a vista lá de cima é só um detalhe menor, e não o motivo para subir. No fim das contas, ele gostou muito da experiência. Se você ler o post e ainda assim quiser encarar a subida, é sinal de que você vai gostar também.
E você que já subiu a Huayna Picchu? Como foi sua experiência? Recomenda para todo mundo? Ou só para alguns? Ou para ninguém? Na sua opinião, eu sou um chato de galocha que não deveria demover as pessoas de uma trilha mágica? Ou eu sou um chato de galocha que está de parabéns por demover outros chatos de galocha de apinhar uma trilha mágica? Aos comentários, pufavô!


Anthony


Fonte:
http://www.viajenaviagem.com/2016/02/huayna-picchu-machu-picchu

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